quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

A maior tragédia é fingir que nada está acontecendo


Como é dificil acreditar no que devemos e tão fácil acreditar no que queremos.
É praticamente impossível fingir que todos os problemas sociais, políticos, e climáticos do mundo em que vivemos não nos atinjam.
Por mais que você tente se desviar da realidade, ela insiste em te acompanhar. Ainda mais nos dias de hoje onde a informação chega a qualquer lugar do planeta em tempo real, fica difícil não acreditar na realidade e fica ainda mais dificil conviver com ela.
Não temos para onde correr, mas principalmente não temos porque correr. A realidade é uma verdade que está aí, na cara de todos. Uma verdade regada a sangue, água, fogo, dor, lágrimas, mortes, incertezas mas sobretudo de esperança.
Festejar um reveillon acreditando a exemplo de todos os reveillons anteriores, de que o ano novo será repleto de paz, saúde e prosperidade já se tornou utopia, apenas uma frase pronta de milhares de cartões de Natal que apodrecem na gaveta de muitos armários enquanto lá fora o tempo não para, enquanto lá fora muitas pessoas continuam a conviver com a realidade de um mundo desigual, injusto, preconceituoso e agora mais do que nunca, de uma natureza desiquilibrada por culpa do próprio homem.
Como é triste ver famílias inteiras perderem a vida em desastres provenientes de uma natureza revoltada contra seus agressores como ocorreu em Angra dos Reis (RJ), São Luis do Paraitinga e Cunha (SP), Agudo (RS), enchentes em algumas cidades do Rio de Janeiro, Minas Gerais e outros estados brasileiros, nas fortes nevascas no hemisfério norte (EUA, CAN, e Eupopa) e mais recentemente com o terremoto que devastou o Haiti onde o numero de mortos pode ultrapassar a lamentável marca de cem mil pessoas.

Alguns podem pensar que falar sobre desastres naturais, aquecimento global, lei anti-fumo, combate as drogas, segurança no trânsito entre outros é "chover no molhado", mas a verdade é que se chegamos ao "Apocaliptico" mundo em que vivemos muito se deu pelo fato de que a maioria das pessoas nunca se importaram realmente com estes assuntos, e o pior é que quem mais sofre com tudo isso é quem menos colabora para todo este desiquilibrio por qual nosso mundo tem passado.
A cidade de São Luis do Paraitinga onde o rio da cidade subiu 10 metros de altura devido as fortes chuvas não possui uma fábrica poluente sequer, o numero de veículos poluentes que circulam pela cidade é insignificante, e mesmo assim esta maravilhosa cidade do interior de São Paulo foi vitima de um clima fortemente afetado pelas agressões feitas a natureza.
São Paulo paga um preço muito caro pelo crescimento populacional descontrolado, por uma urbanização despreparada, pelo lixo gerado por uma população sem educação e respeito próprio...resultado? 20 minutos de chuva e ruas alagadas, rios transbordando e trânsito completamente parado.

Se você chegou até este parágrafo, significa que de alguma forma este assunto interessa a você, já é um começo... Não creio que "chover no molhado" com estes apelos seja perda de tempo, o que eu acredito é que perda de tempo é continuar achando que estes problemas vividos pelo mundo não tem nada a ver comigo, que eu não faço parte deste numero. Cuidado, um dia esta chuva de problemas pode bater na porta da sua vida ou o rio das tristezas pode transbordar rapidamente inundando sua vida e a vida de pessoas que você ama com uma água suja de desrespeito e falta de amor próprio.

Você tem a ver e muito com tudo que acontece neste mundo, você é parte integrante dele...se você não se acha responsável pelos problemas vividos, seja então parte integrande das soluções, seja voluntário, doe, seja ativo, participe, ajude e nunca finja que não é com você...por que é, e muito!
Acima de tudo, ore e muito por você, mas sobretudo pelos que não ancontram forças para orar.

Renato Emanuel

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